Saiba como funcionam as urnas eletrônicas brasileiras, que utilizam Linux


Que as urnas brasileiras são seguras, eficientes e seguras, todos já sabem.
São inclusive objeto de estudo por diversos países no mundo inteiro. Nossa tecnologia é tão avançada que no mesmo dia - algumas horas depois - já podemos saber o resultado das eleições.
Na verdade, sabemos disso quase em tempo real, à medida que os pendrives (não, não são mais disquetes, são cards mesmo) chegam para serem computados.

Segurança, eficiência, velocidade...sim, claro! Linux!

Essa matéria foi divulgada no site Techtudo - http://www.techtudo.com.br
Em 23/09/2012, por Mauro Amaral.



Como funcionam as urnas eletrônicas?



Nem é preciso ser ano de eleições para lembrar que o Brasil possui um sistema eleitoral considerado um dos mais modernos e eficientes do mundo. E isso se deve, em grande parte, à tecnologia das urnas eletrônicas brasileiras. Mas você sabe como funciona?
Urna_Fonte_divulgacaoUrna eletrônica brasileira: uma das mais
avançadas do mundo (Foto: Divulgação)
Utilizada no Brasil desde 1996, a urna eletrônica apresentou aos eleitores uma forma mais simples de escolher seus candidatos. Além disso, ela possibilitou rapidez na apuração dos votos e segurança contra possíveis fraudes.
Mas a urna eletrônica é bem mais do que aquele terminal em que o eleitor digita o número de seu candidato. Além dele, a urna é composta por mais um outro microterminal.
Ao entregar seu documento para o mesário, você já deve ter reparado em um pequeno aparelho ao lado dele, parecido com uma calculadora antiga. Esse é o microterminal, a máquina que controla os dados do eleitor. Ali o mesário digita o número do título eleitoral e libera a urna eletrônica para a votação. O microterminal também indica se o eleitor já terminou de votar.
Microterminal_Foto_Wôlmer EzequielMicroterminal faz o controle de todo o processo (Foto: Wölmer Ezequiel)
Diante da tela de cristal líquido do terminal, tudo que o eleitor precisa fazer é digitar o número de seus candidatos. O programa de votação, desde 2008 desenvolvido em Linux, um sistema operacional livre, já determina a sequência dos cargos e a tabela dos partidos e candidatos designados para cada município.
Essas informações, assim como a lista dos eleitores de cada seção eleitoral, estão dentro de um pequeno dispositivo, o flash card. Ele é inserido nas urnas eletrônicas, permitindo que os dados de cada uma, referentes tanto aos eleitores quanto aos candidatos, sejam específicos daquela zona e seção eleitoral.
TRE PREPARA AS MIDIAS QUE SERAO UTILIZADAS NA ELEIÇAO EM CURITIBA (Foto: TRE PREPARA AS MIDIAS QUE SERAO UTILIZADAS NA ELEIÇAO EM CURITIBA)Cartão de memória armazena os resultados
(Foto: Franklin de Freitas)
Os votos são armazenados em um dispositivo parecido com um pendrive chamado “memória de resultado”, e que possui uma capacidade de 512mb. Parece pouco para tanto eleitor, mas cada voto ocupa apenas 4 bytes desse espaço.
O que garante a segurança desses votos é que toda a informação é criptografada e as urnas são programadas para funcionar apenas em determinados dias e horários, dificultando o trabalho dos hackers que tentarem fraudar as eleições. Além disso, é impossível saber em que candidato votou um eleitor, pois esses dados são desvinculados. Até hoje não se conseguiu adulterar o resultado de uma eleição.
Quando as votações são encerradas, o presidente da mesa insere a senha de encerramento e o terminal do eleitor imprime o Boletim de Urna. Os dispositivos com os votos são enviados para os tribunais regionais eleitorais ou, no caso de eleição presidencial, vão para o TSE.
Um programa transfere os dados para o computador dotado de um conjunto de aplicativos que processa esses dados e contabiliza os votos. A máquina chega a contar até 300 mil votos por minuto. No mesmo dia já é possível saber o resultado das eleições.
Agora você já pode votar consciente – não apenas de seu voto, mas do funcionamento de uma tecnologia que se tornou um dos símbolos da democracia no Brasil.

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